Eu respiro fundo perto
da sua nuca e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.
Quando sentamos ali e seguramos um na mão do outro, eu senti um daqueles
segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado
com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais.
Eu olhei para você com aquela sua camisa que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar o meu quarto, escrever um livro, ser organizada. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia.
Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí eu olho
para você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo
para a gente se gostar, já não entendo mais nada desse mundo. Engraçado
como eu não sei dizer o que eu quero fazer, porque nada me parece mais
divertido do que simplesmente estar fazendo, ainda que a gente não
esteja fazendo nada.
Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria
para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao
seu lado. Hoje e sempre, ao seu lado...
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