quinta-feira, 1 de agosto de 2013

E quando eu já não sei mais o que sentir por você...

Eu respiro fundo perto da sua nuca e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam. Quando sentamos ali e seguramos um na mão do outro, eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. 
Eu olhei para você com aquela sua camisa que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar o meu quarto, escrever um livro, ser organizada. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia. 
Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí eu olho para você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente se gostar, já não entendo mais nada desse mundo. Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer, porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo, ainda que a gente não esteja fazendo nada. 
Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado. Hoje e sempre, ao seu lado...

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