Inacreditavelmente
me encontro aqui escrevendo coisas que não consigo decifrar, coisas que não
consigo aceitar. Num mundo
onde sentir algo é digno de piedade, fico aqui, quietinha sem dizer uma só
palavra para não ser “mais uma a falar das coisas do coração.”Sentia sim
que tinha algo a fala... Minha tecla
G está comprometida assim como o meu ESPAÇO e se for pensar bem, todas as
minhas letras estão sendo comidas bem ali, na minha frente e eu não consigo
mover se quer um dedinho pra impedir que isso aconteça...Não diria
que eu gosto de sofrer as coisas sofridas da vida, não não. Mas é que parece
que me encaixo melhor neste ângulo... Vida social
e lugares caros já não são tão bem vistos por meus “belos olhos verdes.” Pra falar a
verdade, acho que nunca gostei mesmo destas coisas... Hoje eu vejo
os filmes de forma diferentes assim como a comida que ponho sobre a mesa. Circunstâncias
me obrigaram a ler pensamentos, ou pelo menos tentar, o que não acho grande
coisa não... já achei algum dia, eu acho. As pessoas
tão começando a me irritar com tanta falta de criatividade: “vou tomar banho
para ir na balada!” – “partiu festa de tal pessoa.” – “nossa, que mundo
cruel...” e por aí vai... Tentaria o
suicídio mas não me adiantaria. Do jeito que sou, me reviraria no meu próprio túmulo
de tanto desgosto só de lembrar que minha sobrinha de treze anos faz certas
coisas escondida e que meu querido e meigo sobrinho de apenas dez anos tem uma
namorada no facebook que nunca viu na vida, trágico de mais isso... E eu que
pensei que estava vivo em outros tempos... Tempos estes
que seria normal uma mãe explicar para seu filho/a o que é realmente o amor...
ou até ser mais simples e ensinar-lhes a usar uma mísera camisinha... Hoje os
tempos sãos outros por que certas pessoas determinam o modo que você vai se
vestir em determinada ocasião... Decretam não
só seus gostos mas também oquê é certo ou não sentir... vejo como tão errado. Tão errado
quanto minha ortografia mísera. As músicas
já não me agradam tanto quanto antes. Vejo tudo
tão banalizado que dá até nojinho de frequentar certos lugares considerados
bons. Bons pra quem? Quem determinou? Vejo me tão
anti-social e assombrada com meus gostos e desgostos... e eu me acho sim, meio
um pouco normal, mas só um pouco. Talvez não
tanto quanto queria, nem menos do que sou, talvez. Valorizo mais
o sexo do que antes. Dou a ele uma atenção talvez nunca dada e hoje eu quero
experimentar. Se for
errado esses meus gostos de novidade não sei, só sei que quanto mais eu penso
mais eu não consigo me encaixar em nenhuma sociedade tão politicamente correta
e até mesmo a incorreta me parece indiferente. Querer mais
será que é um defeito tão grave assim? Será que
alguma vez vou me sentir totalmente completa por não ter tudo o que mereço? Será que
alguém em algum dia Alguém ira abrir um sorrisão e me parabenizar por ser eu mesma e ter superado meus tormentos? Será que eu
realmente estou aqui? E quando
pessoas começaram a ajudar outras pessoas por apenas um obrigado? Ou ao menos
por realmente querer? Até quando
vou me esconder nesta vida que eu sei que não é minha? São tantas
perguntas e eu não passei nem da primeira fase... É verdade,
ainda tropeço tanto nas minhas próprias mentiras tentando transformá-las em
verdades... Ás vezes até me convenço... Até quando
isso vai me acontecer? Até quando?
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